Radares: MPAC se reúne com operadores de segurança pública de trânsito

Os promotores de justiça Marco Aurélio Ribeiro (Promotoria de Direitos Humanos), Gláucio Ney Shiroma Oshiro (Promotoria em Defesa da Saúde) e Rita de Cássia (Promotoria de Habitação e Urbanismo), desde o ano de 2011 instauraram um procedimento administrativo para acompanhar as políticas referentes a segurança no trânsito e falta de mobilidade urbana em Rio Branco, sendo que os dois primeiros estiveram reunidos na manhã desta segunda feira, 12, na sede do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), com operadores de segurança pública de trânsito de Rio Branco.

Presentes na reunião, dentre outros, estavam representantes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito de Rio Branco (RBTRANS), Batalhão de Trânsito e Departamento Estadual de Trânsito (Detran/AC), que apresentaram dados estatísticos em relação aos índices de acidentes e locais de colisões de trânsito, coletados de 2011 até julho de 2013. A diretora do Detran, Sawana Carvalho, esclareceu que depois da instalação deles, em julho de 2012, houve uma redução de mais de 10% no número de acidentes. A diretora explicou, ainda, a destinação dos recursos arrecadados com as multas e esclareceu que 5% do valor seria destinado para um fundo nacional e, o restante, após o pagamento das despesas, é rateado em 50% entre o DETRAN e Município de Rio Branco, sendo que os valores são revestidos exclusivamente a políticas públicas de trânsito.

O Promotor de Justiça, Marco Aurélio Ribeiro, fez questão de deixar claro que o MPAC é parceiro de todas as iniciativas que visem a proteção da vida, segurança no trânsito e melhoria da mobilidade urbana. Para ele, o que foi apresentado pelo Detran, Polícia Militar e RBTRANS, através de dados estatísticos, trazem elementos que possibilitam um juízo de valor, ao menos em cognição sumária, que a colocação de radares diminuiu o número de acidentes e traduzindo-se em uma política pública e mecanismo eficientes a lograr êxito na redução das drásticas estatísticas de trânsito. Contudo, advertiu que é preciso o aprimoramento das sinalizações, tanto vertical como horizontal, mostrando à população onde estão localizados os radares.

Outro assunto abordado foi a troca, em alguns pontos da cidade, dos sinais eletrônicos com a contagem regressiva, pelos radares padrão, com três cores. Ainda segundo a Diretora do Detran, com os contadores regressivos houve um aumento nas multas por excesso de velocidades nos radares. Sawana explicou ainda, que os contadores regressivos possuem apenas dois dígitos, levando o tempo máximo de operacionalização de 99 segundos. Isso daria um minuto e trinta e nove segundos para a travessia. Mas o Detran detectou locais que necessitavam, em horário de pico, de radares com três dígitos, o que não comportaria os radares existentes no momento em Rio Branco, razões estas que levaram á substituição.