Operação Delivery: Autoridades falam sobre prisões e afirmam que as investigações continuam

Membros do Ministério Público do Estado do Acre (MP/AC) e da Polícia Civil concederam entrevista à imprensa, nesta segunda-feira (05), para falar sobre o andamento da Operação Delivery, que investiga a formação de uma rede de exploração sexual no Acre. Participaram os delegados Nilton Boscaro e Elenice Frez; e os promotores de Justiça Danilo Lovisaro do Nascimento e Marcela Cristina Ozório, que atuam no Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

A investigação já dura cerca de quatro meses e até agora resultou na prisão de oito pessoas acusadas de envolvimento com exploração sexual e favorecimento à prostituição de crianças e adolescentes.

Na sexta-feira passada (2), os pecuaristas Assuero Doca Veronez e Adalho Cordeiro de Araújo foram presos em ação conjunta da Polícia Federal, Polícia Civil e Ministério Público. Outras seis pessoas haviam sido presas no dia 17 do mês passado, quando a operação foi deflagrada em Rio Branco. Uma delas ganhou liberdade por meio de habeas corpus.

“A investigação está em andamento e outras prisões devem acontecer. Surgiram algumas informações até de tráfico internacional de pessoas, que serão investigadas pela Polícia Federal”, informou o delegado Nilton Boscaro, titular da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (DECCO).

Segundo o delegado, as investigações apontam que os dois pecuaristas presos eram clientes da rede que aliciava adolescentes entre 14 e 18 anos. A polícia pediu a prisão de doze pessoas, mas a Justiça decretou a prisão de apenas três, sendo que uma está foragida.

De acordo com o promotor Danilo Lovisaro, o MP/AC está acompanhando o trabalho da polícia e aguarda a finalização do inquérito para oferecer denúncia contra os acusados. “O trabalho da polícia tem sido muito bem feito. Há muita consistência em todos os elementos que foram trazidos até agora durante as investigações. O Ministério Público, assim que o inquérito for encaminhado pela Justiça, irá oferecer denúncia contra as pessoas envolvidas nessa rede de exploração”, disse.